A Paz em que eu acredito Não é leve, nem suave É como eu tenho dito É forte e rasante como o voo de uma ave
Não acredito numa Paz preocupada Apenas com a sobrevivência, A vida não é para ser vivida em parte É para ser apreciada com excelência E a felicidade conquistada com arte
Esta Paz empurra-me e num instante lança-me E lá vou eu para os braços do Mundo Na sua imensidão Despertando-me toda a esperança De quem acolhe a vida com gratidão.
Encontro esta Paz no Mar, Numa Montanha e até mesmo numa Avenida Só depende de mim, dar a cor E imaginar numa rua uma pomba esculpida Que traz toda a liberdade que me é Dada como dom.
A minha Paz tem o sabor de Uma deliciosa comida Que me alimenta e me faz lamber a boca Sustentando-me para a próxima partida Impedindo que me sinta oca
Esta Paz é intensa, vou dar uma pista: Ela não está numa fórmula contida Ela não vem pronta, conquista-se E tem o balanço que eu der á vida!